"Colocou pó branco no meu nariz", diz criança estuprada e agredida a marteladas por padrasto
Manaus/AM- A delegada Deborah Ponce de Leão deu detalhes sobre a prisão do homem que agredia quatro enteados com martelo e chegou a estuprar um deles, em Manaus. O bairro onde o crime ocorreu não foi divulgado. A denúncia foi feita pela própria mãe das vítimas, após a criança de 10 anos revelar que foi violentada e obrigada pelo homem a inalar, supostamente, cocaína.
“A denúncia chegou através da mãe, que essa criança teria sido abusada, e nos contou em depoimento especial que além dos abusos, ele fornecia a substância psicotrópica para ela. Ela afirmou que ele colocava um pó branco no nariz dela, nos contou detalhes muito pesados de que após o estupro, ela era agredida, jogada contra a parede”.
Conforme a delegada, outros irmãos da vítima também eram constantemente agredidos, chegando a receber inclusive marteladas pelo corpo. “Um dos garotos recebia marteladas na cabeça, o outro garoto recebeu marteladas na mão. Essas crianças também relatam terem sido agredidas com cabo de vassoura. E todas essas situações foram comprovadas através dos exames de corpo de delito e dos depoimentos especiais”, destaca.
As vítimas são duas meninas de 10 e 18 anos, e dois meninos de 11 e 16 anos. A mais velha, contou à polícia que o homem já tinha tentado estuprá-la também no ano passado. As tentativas ocorreram quando mãe saía de casa.
A mulher contou a polícia que algumas agressões físicas foram presenciadas por ela, mas sobre as denúncias de cunho sexual, ela só teve conhecimento após o relato da filha mais nova.
Ao ser questionado sobre os crimes, o homem negou os estupros, mas confessou que batia nos enteados e tentou justificar com a desculpa de que é usuário de drogas.
“Ele negou as acusações, porém afirmou ter agredido os garotos e afirmou que é usuário de drogas. Ele alegava que as crianças eram agressivas com ele, por isso ele as agredia (...) A mãe informou que ele a ameaçava muito, inclusive ele ameaça as crianças de morte, por isso essa mãe se sentia acuada, demorou para que essa denúncia chegasse à tona”, explica Débora.
As vítimas estão recebendo apoio médico e psicológico e o padrasto deve permanecer preso para responder por pelo menos quatro crimes.
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