O radialista Joaquim Marinho morreu aos 76 anos, na manhã deste domingo (2), em Manaus. Ele lutava contra Alzheimer, problemas cardíacos e diabetes.

O velório acontece às 20h deste domingo, no salão nobre do Palácio do Rio Negro, na Avenida Sete de Setembro. O sepultamento será na segunda-feira (3) às 16h, no Cemitério São João Batista.

Português radicado em Manaus, o radialista, colecionador e empresário se tornou um ícone de comunicação e Cultura no Amazonas nos anos 50 e 80.

Dono da primeira loja de discos importados de Manaus, Joaquim criou a rede de Cinemas Joaquim Marinho, que virou point nos anos 80 e 90 no Centro de Manaus.

As coleções de Joaquim ganharam destaque nacional no programa de Jô Soares, para o qual concedeu entrevista sobre arte erótica. 

Outra grande contribuição do radialista para Manaus é a Casa da Cultura Joaquim Marinho, localizada na rua Chaves Ribeiro, bairro São Geraldo, zona Centro-Sul.

O local, aberto pela empresária Patrícia Marinho, primogênita de Joaquim, foi por décadas a residência de sua família. Lá está um dos acervos culturais mais diversificados da cidade, contando com mais de 100 mil ítens à venda, como discos de vinil, quadros, cartões postais antigos de todo o mundo, CDs, filmes e obras de arte.

A decisão de vender o 'tesouro' colecionado pelo pai durante mais de 60 anos foi impulsionada pela necessidade de custear o tratamento para os problemas de saúde que ele vinha enfrentando, mas também pela vontade de Joaquim e da família em compartilhar e dar nova vida à arte que foi colecionada por ele.