Em Manaus, médicos estudam efeitos colaterais de remédios usados contra a malária
Manaus/AM - Profissionais de saúde, da Prefeitura de Manaus, iniciaram em novembro mais uma etapa de execução do estudo que avalia as reações adversas dos medicamento usados no tratamento da malária.
Nessa etapa do projeto são abordadas pessoas no início de tratamento para malária nas Unidades de Saúde da capital. Com o registro do consentimento, o paciente recebe o medicamento recomendado em um envelope, marcando o remédio que deve ser tomado todos os dias.
O envelope também indica os sintomas de alerta para reações adversas durante os dias de tratamento, apresentando um número de telefone por meio do qual o paciente pode entrar em contato com profissionais responsáveis pelo estudo e receber orientações.
Após terminar o uso do medicamento, o participante ainda recebe uma ligação telefônica para responder um questionário, com 20 perguntas, quando informa sobre os sintomas ruins durante o tratamento.
“O tratamento para malária pode ocasionar sintomas como urina escura, olhos amarelados, tontura, entre outros. Mas o Brasil, assim como outros países da América, não tem informações sistematizadas sobre as reações adversas. Com a conclusão do estudo, a intenção é ter dados mais concretos para a implantação de um sistema de farmacovigilância, melhorando os serviços de saúde no atendimento à população”, informa o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.
De acordo com o chefe do Núcleo de Controle da Malária na Semsa, João Altecir Nepomuceno da Silva, no ano passado, em comparação com 2017, Manaus apresentou uma redução da doença. “O ano de 2018 foi encerrado com redução de 21% no registro de casos. E a redução de 28,3% para os primeiros 10 meses de 2019 é importante, mas a expectativa real, considerando a avaliação atual dos condicionantes ambientais no município, é fechar este ano com uma redução de 15%, que é a meta pactuada com o Ministério da Saúde”, afirma João Altecir.
Ele alerta ainda que a principal preocupação atualmente é com o registro de casos na zona Leste, que teve redução de 20% no primeiro semestre, mas registrou um aumento significativo na região da estrada do Brasileirinho, ramal do Ipiranga e as invasões nas áreas do bairros Santa Inês e Jorge Teixeira.
A zona Leste mantém este ano a redução de casos, com 3,7% a menos do que no ano passado, passando a concentrar 44,4% do total de casos em Manaus.
ASSUNTOS: casos de malária, Manaus, reações ao medicamento, tratamento contra a malária, Amazonas