O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de protestos na noite desta terça-feira (9) enquanto visitava um restaurante próximo à Casa Branca. Manifestantes gritavam frases como “D.C. livre, Palestina livre, Trump é o Hitler dos nossos tempos”, em resposta à intervenção do republicano na segurança da capital americana. Trump parou diante do grupo, sorriu e, em seguida, ordenou que os seguranças retirassem os manifestantes do local.

O presidente estava acompanhado do vice, J. D. Vance, e de integrantes de seu gabinete, como Marco Rubio e Pete Hegseth, e foi ao restaurante Joe’s Seafood, Prime Steak & Stone Crab. O trajeto de menos de um quarteirão levou cerca de três minutos devido ao comboio presidencial. Durante seu primeiro mandato, Trump costumava jantar em seu hotel na cidade, hoje transformado em um Waldorf Astoria, mas nesta gestão tem feito refeições principalmente dentro da Casa Branca.

Antes de entrar no restaurante, Trump declarou que Washington “praticamente não tem crime”, creditando a melhora à intervenção federal. Em agosto, ele anunciou o envio da Guarda Nacional e assumiu o controle da polícia local, medida prevista na Lei de Autonomia de 1973, mas limitada a 30 dias sem aval do Congresso. A prefeita democrata Muriel Bowser processou o governo, chamando a ação de “ocupação militar” da cidade.

Apesar da justificativa de combate ao crime, os dados utilizados por Trump são defasados. Indicadores de violência em Washington estão em queda há três décadas, apesar de um pico em 2023. O presidente já indicou que pretende expandir o envio de tropas para outras cidades governadas por democratas, citando Chicago como possível próximo alvo. Na Califórnia, uma intervenção semelhante foi barrada pela Justiça após contestação do governo estadual.