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Itamaraty diz que ativista brasileiro em barco interceptado por Israel retornará ao Brasil

Por Folha de São Paulo

09/06/2025 21h30 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Itamaraty informou na noite desta segunda-feira (9) que o ativista Thiago Ávila foi levado ao aeroporto de Tel Aviv e retornará ao Brasil depois de ser interceptado pelas forças de Israel na embarcação Madleen, que navegava em direção à Faixa de Gaza.

"A secretária-geral confirmou a chegada de Thiago Ávila ao aeroporto de Tel Aviv, de onde retornará ao Brasil. Assegurou a presença de funcionários da embaixada do Brasil no aeroporto para garantir que o brasileiro receba tratamento digno e tenha seus direitos observados", diz publicação da pasta no X.

Ávila estava no Madleen com outras 11 pessoas, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg. O barco faz parte da Flotilha da Liberdade, iniciativa humanitária que tentava romper o bloqueio israelense a Gaza e entregar suprimentos aos palestinos no território, que vivem sob constante bombardeio de Tel Aviv.

Na noite desta segunda, a Flotilha da Liberdade havia informado que os 12 tripulantes estavam detidos em Israel e que deveriam ficar em um centro de detenção em Ramleh a não ser que concordassem com a deportação imediata. Israel divulgou fotos de Greta e Ávila desembarcando no porto de Ashdod e disse que todos os ativistas receberiam exames médicos.

As Forças Armadas de Israel receberam ordens do ministro da Defesa, Israel Katz, de mostrar aos ativistas um vídeo de 43 minutos com imagens do ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, estopim para o conflito atual. Segundo Katz, a tripulação do Madleen se recusou a assistir o vídeo.

"Os membros da flotilha antissemita fazem vista grossa para a verdade e provam, mais uma vez, que eles preferem os assassinos do que os assassinatos e continuam a ignorar as atrocidades cometidas pelo Hamas contra mulheres e crianças judias e israelenses", disse o ministro.

Israel, que em seus comunicados oficiais se refere ao Madleen como "o iate das selfies", disse ainda que os suprimentos a bordo do barco seriam confiscados e entregues aos palestinos "por meio de canais humanitários de verdade".


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