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Sotero diz que foi perseguido e espancado por Wilson Justo e amigo no dia do crime

Por Portal Do Holanda

29/11/2019 12h17 — em
Policial


Foto: Divulgação

Manaus/AM - O depoimento polêmico de Gustavo Sotero, durante o último dia de seu julgamento (29, está sendo marcado por confusão, contradições e ânimos exaltados por parte do réu, da defesa e da acusação. Mas o que de fato ganhou destaque para quem acompanhava de perto a sessão, foi a afirmação do ex-delegado de que teria sido perseguido pelo advogado Wilson Justo, dentro da casa de shows antes de efetuar os tiros:

“Estou correndo apavorado porque estou sob o risco de perder minha vida. Ele me persegue e me arrasta até o final de uma parede, perto de uma saída de emergência. Eu estou aterrorizado, com muito medo. Ele me derruba e tenta me desarmar e estou apavorado”.

O discurso foi dado enquanto ele analisava o vídeo do dia do crime, exibido em câmera lenta a pedido da defesa. Em dado momento, o promotor George Pestana, questiona Sotero sobre quem exatamente era o alvo dos tiros, já que em outro trecho do depoimento, ele afirma que tanto Wilson quanto o amigo dele, Alexandre Mascarenhas, partiram para cima dele com o intuito de o agredir.

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O réu foi curto na resposta: “Os tIros eram para me defender, porque Wilson estava tentando me desarmar e me derrubar, eu cheguei a cair numa esquina que estava aí”.

Ainda no início da análise, Sotero também diz que Wilson teve um ataques de ciúmes injustificável , já que ele não teria olhado para Fabíola Rodrigues, esposa de Justo:

“Eu não olho fixo para ela, eu nem sei que essas pessoas existem aí. Ele não diz nada para mim, mas me encara de forma muito incisiva. E não falo nada, tem uma caixa de som em cima da gente. Eu levanto o copo e o cumprimento apenas. E vejo que o Mascarenhas está segurando o Wilson”.

Pouco antes da sessão ser interrompida para o intervalo dos jurados. O ex-delegado faz um desabafo:

“Eu tenho quatro filhos menores, eu sustento cinco famílias, eu tenho uma mãezinha que é costureira e depende de mim, eu só queria sair de lá. Estava apavorado”.

O julgamento já foi retomado e Gustavo responde agora as perguntas do advogado de defesa, Claúdio Dalledone.


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ASSUNTOS: ex-delegado depõe, gustavo sotero, julgamento de Sotero, morte de advogado, morte no Porão Alemão, wilson justo, Policial

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