Os clubes que violarem as regras do Fair Play Financeiro poderão sofrer punições severas, incluindo rebaixamento em casos mais graves. A proposta foi apresentada nessa terça-feira (11), durante a última reunião do Grupo de Trabalho (GT) realizada na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro.

De acordo com o documento, o sistema de punições será progressivo. Na primeira infração, o clube deverá apresentar um plano de ação para corrigir as irregularidades. A partir da segunda violação, poderão ser aplicadas sanções como:

• Advertência pública
• Multa financeira
• Retenção de receitas
• Proibição de inscrição de atletas (transfer ban)
• Dedução de pontos
• Rebaixamento
• Cassação ou não concessão de licença de clube

Clubes em Recuperação Judicial terão regras específicas para evitar agravamento das crises financeiras, com limitação da folha salarial e controle de gastos em janelas de transferências, podendo contratar apenas se o valor investido for igual ou inferior ao obtido com vendas.

O Fair Play Financeiro entrará em vigor em janeiro de 2026. Até o dia 14 de novembro, os participantes poderão enviar sugestões, e a versão final do regulamento será publicada em 26 de novembro.

A iniciativa contou com a participação de 77 clubes, federações e representantes da indústria do futebol, que discutiram temas como pagamentos em atraso e padronização contábil. O sistema terá como pilares o controle de dívidas, o equilíbrio operacional, a gestão de custos com elenco e o controle do endividamento de curto prazo.