Planejamento de megaoperação no Rio 'não era razoável', diz PF
A Polícia Federal (PF) foi informada sobre o planejamento da Operação Contenção, deflagrada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro, mas decidiu não participar da ação por não ser razoável. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, apontou a falta de atribuição legal para o envolvimento da instituição, já que a PF atua em investigações e não em operações ostensivas.
Rodrigues explicou que houve um contato operacional para possível apoio no cumprimento de mandados, mas sem detalhes do plano. Após análise, a PF entendeu que a operação não se enquadrava em seu modo de atuação. A ação, realizada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, resultou em mais de 130 mortes, tornando-se a operação mais letal da história do estado.
O diretor destacou que a PF continua atuando no Rio de Janeiro com foco em inteligência e investigações financeiras contra o crime organizado, conforme diretrizes da ADPF das Favelas, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós sempre fazemos na área de polícia judiciária, com inteligência, com estratégia, descapitalizando o crime, enfrentando aquilo que o crime organizado tem de mais é relevante que é o poder econômico e prendendo lideranças. É assim que a Polícia Federal atua e é assim que nós já estamos atuando no Rio de Janeiro”, acrescentou.
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