Moraes manda prender Carla Zambelli e inclui nome na lista da Interpol
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e inclui ainda o bloqueio dos passaportes da parlamentar, inclusive o diplomático, além de contas bancárias, veículos e perfis em redes sociais. Moraes também ordenou a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol.
Zambelli deixou o Brasil recentemente e afirmou estar nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Europa para realizar um tratamento médico. A deputada anunciou que vai se licenciar do mandato. Segundo a PGR, ela deve ser considerada foragida, uma vez que deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão pelo STF, pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O pedido de prisão foi apresentado de forma sigilosa pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Para o Ministério Público, a medida visa assegurar a aplicação da lei penal e impedir que Zambelli continue a praticar condutas criminosas. Entre as determinações, está uma multa diária de R$ 50 mil caso ela mantenha publicações que, segundo a decisão, reiterem práticas ilegais.
Além da condenação, Zambelli responde a outras investigações no STF e na Justiça Eleitoral. No Supremo, ela é ré por porte ilegal de arma e alvo de inquéritos sobre disseminação de fake news e atuação em milícias digitais. Na Justiça Eleitoral, foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo à cassação do mandato e à inelegibilidade por oito anos, decisão que ainda está sendo contestada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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