- Licorice ou alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) é utilizado como medicamento natural há milhares de anos. A sua raiz contêm compostos que são aproximadamente 50 vezes mais doces do que o açúcar. É utilizado em febres, desordens hepáticas, dispepsia, úlceras gástricas, garganta dolorida, asma, bronquite, obstipação e artrite reumatóide. Pode ser consumido de várias formas: em pó, chá, tablete, cápsulas e em extratos líquidos. Contém inúmeros compostos como as saponinas e os flavonóides que conferem os seus benefícios. Estudos com licorice demonstraram aumentar os compostos antioxidantes naturais do organismo como a SOD e a GSH-Px o que diminuiu as citocinas inflamatórias como a TNF-alfa e a CCI4, que podem induzir a hepatotoxicidade e a fibrogenêse. Outros estudos relataram que ele tem a capacidade de inibir a tirosinase sem afetar a síntese de DNA e, inibe algumas enzimas da cascata do ácido araquidônico liberada após a exposição dos raios UV, tendo portanto ação despigmentante podendo ser utilizada para melasmas. Apesar dos benefícios pode causar efeitos adversos sérios como o pseudoaldosteronismo o que torna a pessoa mais sensível a um determinado hormônio no córtex adrenal provocando dores de cabeça, fadiga, aumento de pressão arterial, e até infartos. Além disso também pode causar retenção hídrica, falência renal, diabetes e disfunção erétil. Esses sintomas ocorrem mais com doses altas, mas podem ocorrer em alguns casos com doses mais baixas, além de interagir com alguns medicamentos, e por isso é imprescindível a sua prescrição e acompanhamento médico. Referência: University of Maryland Medical Center. HUO, H.Z. et al. Hepatoprotective and antioxidant effects of licorice extract against CCI4-induced oxidative damage in rats. Int J Mol Sci, v.12, p.6529-6543, 2011. Por Joyce Rouvier