OAB escolhe o lado do atraso
- O papel da advocacia é questionar estruturas arcaicas, não preservá-las. O Judiciário precisa de menos tribunais e mais razão; de menos autoproteção e mais compromisso com a eficiência republicana.
A defesa da OAB pela competência da Justiça do Trabalho para julgar casos de pejotização soa mais como gesto corporativo que empenho em defesa de direitos do trabalhador. A Justiça do Trabalho, embora especializada, mantém traços de um paternalismo arcaico, fora das modernas relações de trabalho.
Enquanto o mundo avança para modelos flexíveis, o Judiciário insiste em proteger estruturas caras e fragmentadas.
STF debate futuro da 'pejotização' em audiência; OAB defende competência trabalhista
A OAB, ao alinhar-se a esse modelo, perde a oportunidade de ser voz reformista.
O papel da advocacia é questionar estruturas arcaicas, não preservá-las. O Judiciário precisa de menos tribunais e mais razão; de menos autoproteção e mais compromisso com a eficiência republicana.
ASSUNTOS: JUSTIÇA DO TRABALHO, OAB, PEJOTIZAÇÃO
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.