Greve de ônibus beneficia rodoviários e empresários, mas prejudica Manaus
A greve anunciada pelo sindicato dos rodoviários para a próxima sexta-feira vem de encontro a interesses da classe patronal, que reclama de suposto atraso de repasses da prefeitura de Manaus.
Representantes das empresas falam em R$ 130 milhões de subsídio da tarifa, que deixaram de cair no bolso dos barões do transporte coletivo.
O sindicato dos trabalhadores reclama da exclusão de 1.200 cobradores, que perderiam seus empregos com o fim do pagamento da tarifa em espécie e a dupla atividade dos motoristas, que controlariam o acesso dos usuários e o uso de cartões passa fácil.
Rodoviários anunciam greve de ônibus por tempo indeterminado em Manaus
Mas as intenções de empregados e empregadores se misturam e se completam. Não é uma greve contra as empresas, mas contra a cidade, uma forma eficaz de pressão, pela tensão política e social que provoca.
O sindicato dos Rodoviários finge que defende os empregos dos cobradores, e os empresários fingem que são contra a greve.
Os usuários que se virem para se dirigir ao trabalho ou voltar para casa na sexta-feira.
ASSUNTOS: Greve de ônibus, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.