A entrevista de Jair Bolsonaro na  GloboNews sexta-feira e reprisada neste sábado foi curiosa. O candidato a presidente colocou os jornalistas no bolso e ainda fez piada com Fernando Gabeira, dizendo que daria um abraço hétero no apresentador. E sugeriu que outros jornalistas presentes à entrevista  poderiam ser gays. 

O pior estava por vir. Provocada por Bolsonaro, a direção da Globo resolveu repetir que em 2013 fez um editorial admitindo que o apoio dado por  Roberto Marinho em 64 ao golpe militar foi um erro.

Erro de fato, mas admitido 49 anos depois, quando o Regime Militar já não existia e os milicos deixaram de ter utilidade para os Marinho. 

De qualquer forma o papel de Roberto Marinho no comando das organizações Globo, apoiando ou não os militares, foi importante para a integração do País pela comunicação.  O que seus herdeiros fizeram - desqualificando mais uma vez a sua opinião e sua firme posição em favor do regime militar - foi um desrespeito à sua memória.  

ACORDOS DE BASTIDORES PODEM ESVAZIAR

APOIO A CANDIDATOS ATÉ SEGUNDA-FEIRA

Fim das convenções partidárias, mas não das articulações que ainda poderão mudar o teor das atas que serão enviadas pelos candidatos ao TRE  no início da semana.  É um jogo de bastidores sem regras que deve durar toda a noite deste sábado e madrugada de segunda-feira. Até lá muitas coligações serão esvaziadas. Outras, anabolizadas com risco de implosão durante a campanha. 

O PT ainda anda dividido, mas no geral busca um porto seguro. Pode pender na última hora para o grupo de apoio ao governador e candidato a reeleição, Amazonino Mendes. Mas a um preço alto: uma das duas vagas de  candidato ao Senado, já comprometidas  com Hissa Abrahão(PDT) e Alfredo Nascimento(PR). 

Essa mexida no tabuleiro eleitoral, se de fato ocorrer, exigirá cuidado, porque é um lance difícil e perigoso para a unidade da coligação formalizada nas convenções deste domingo.

CANDIDATOS NA RUA

Quadro candidatos saem dos comitês a partir desta segunda-feira e tomam as ruas. São eles: Amazonino Mendes, Omar Aziz, David Almeida e Wilson Lima. Retomam o contato com o eleitor e farão propostas que cabe ao cidadão cobrar depois, caso um deles seja eleito.

 MDB SÓ COM BRAGA

O  MDB sai sem sem fazer alianças para o governo, mas focado na campanha pela reeleição do senador Eduardo Braga. 

OS VICES

O candidato David Almeida não tinha vice até noite deste sábado. Espera um sinal verde do PT, que pode não ser dado. Já Amazonino Mendes confirmou Rebecca Garcia(PP) como vice, enquanto Omar Aziz (PSD), resolveu apostar na juventude de Arthur Bisneto(PSDB)