Há de se separar as relações familiares de Arthur Neto com Alejandro Molina  Valeiko e seu papel de prefeito da cidade . Embora pareça ser difícil para Arthur separar isso - o que ficou comprovado na sua primeira postagem nas redes sociais - é preciso preservar a história de Arthur, a sua biografia e o que ele representou e representa para o Brasil e para o Amazonas. Um fato policial, mesmo que tenha ligação com um familiar do prefeito é um fato policial, não um fato politico.

Tratar esse assunto de forma mediana, como se Arthur  fosse culpado por eventuais erros cometidos por um filho adotivo, é escamotear a verdade e produzir  um linchamento público de certa forma incentivado por uma mídia que trocou o jornalismo pelo teatro e pela comédia. Produz circo  para cativar leitores ou telespectadores.

Longe de mostrar a verdade, antecipa julgamentos, incentiva  o ódio, a intriga e se julga no direito de dizer quem a policia deve indiciar e o judiciário mandar prender.

Evidentemente que não se compactua com o crime, mas é também crime desacreditar a justiça e banalizar o papel da polícia., que aliás vem sendo feito  com cautela e terá seguramente o desfecho esclarecedor que se espera.

Arthur também deve adotar a postura que se espera dele: sem dúvida chamará a imprensa para se solidarizar com a família da vítima  e defender que Alejandro dê as explicações sobre o ocorrido - e continuar sua vida, porque Arthur  é antes de tudo um estadista, tem história, uma biografia a zelar.