Espécie pequena de peixe da Amazônia sobrevivem a ataque de piranhas
De acordo com a National Geographic Brasil, pesquisadores de um laboratório de biomecânica da Califórnia, nos Estados Unidos, simularam o que deve ter sido a “competição” mais injusta durante todos esses anos em um reservatório de água doce. Em um espaço do reservatório, foi colocado uma piranha-vermelha e do outro um Corydoras trilineatus, um bagre com aparência atordoada de apenas 3 cm.
A piranha encurralou o coridora em um canto, abriu bem a boca e o mordeu uma, duas, por fim, 10 vezes — e o bagre simplesmente se contorceu e se desvencilhou, inabalado, embora um pouco irritado.
No decorrer do estudo, os coridoras da espécie Corydoras trilineatus foram introduzidos em cativeiros de criação de piranhas-vermelhas. Andrew Lowe, agora assistente de pesquisa na Universidade de Chapman, percebeu que o prognóstico do coridora era sombrio. Vídeos de aquaristas alimentando suas piranhas de estimação revelam que uma mordida no abdômen pode ser suficiente para arrancar as entranhas de peixes de tamanhos semelhantes, mas que não são blindados.
Eles fizeram uso de seus espinhos afiados localizados em suas nadadeiras peitorais e na parte posterior de seu corpo para forçar as piranhas para longe da fenda principal em sua armadura — área ao redor de suas guelras, em que uma mordida bem dada pode resultar em decapitação.
Três das piranhas desistiram depois de seus ataques fracassarem, ao passo que as outras sete conseguiram assustar suas presas. Mas isso somente ocorreu nos casos em que tiveram tantas revanches quanto precisavam e nenhum lugar para o coridora escapar. Na natureza, a água turva e as plantas fornecem muitos lugares para um peixe esperto se esconder, explica Lowe.
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