Presídios se transformam em território sem lei. Crime prospera mesmo atrás das grades
Duas facções que comandam o tráfico de drogas no Amazonas tornaram os presídios de Manaus um barril de pólvora. Mesmo presos, os lideres do Primeiro Comando da Capital (uma facção paulista) e da Família do Norte, facção criminosa comandada por José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa” e Gelson Lima Carnaúba não pararam de atuar e agora a guerra é travada por trás dos muros das penitenciárias.
Na madrugada de domingo, atendendo as revindicações da FDN, a Secretaria de Justiça transferiu do Instituto Penal Antônio Trindade vários integrantes da facção paulista para a Cadeia Pública Desembargador Vidal Pessoa, Centro de Detenção Provisório e Unidade Prisional do Puraquequara . As transferências resultaram na morte de José Adailson Rodrigues de Freitas, conhecido como “Ceará”, 26, integrante do PCC, morto cerca de 5 horas depois de dar entrada na UPP.
Um dos líderes do PCC, Rubens Rodrigues Marques Júnior, o “Rubão da Praça 14”, escapou da morte, mas foi ferido e está internado em estado grave no Pronto-Socorro Platão Araújo, na Zona Leste de Manaus.
Ceará e Rubão, integrantes do PCC, iniciaram a rebelião de sábado no Instituto Penal Antônio Trindade. Na luta travada contra membros da Família do Norte, perderam Marcos Martins de Carvalho, assassinado por soldados da FDN.
A briga entre as facções criminosas, PCC e FDN, ficou acirrada depois da morte de Frank Oliveira da Silva, o “Frankzinho do 40”, que teve o corpo esquartejado e colocado dentro de uma mala encontrada boiando nas águas do Rio Negro no dia 27 de maio deste ano.
Juntamente com Frakzinho, quem morreu esquartejado foi Antônio Carlos da Costa Uchôa, o ‘Tonga’, 38, contratado por Zé Roberto da Compensa e Gelson Lima Carnaúba.
Frankzinho cumpria pena no regime semi-aberto do Complexo Penitenciário Anísio Jobim

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