Incêndio no Distrito está ‘confinado’ e equipe levará 2 dias para retirar material queimado
Manaus/AM - O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) deu detalhes, nesta quarta-feira (6), sobre o incêndio que atingiu a fábrica Effa Motors e Valfilm da Amazônia, no Distrito Industrial II, em Manaus. Conforme o Comandante Geral do CBMAM, Coronel Muniz, o fogo já foi controlado e as equipes trabalham para remover os materiais queimados, para tirar todos os focos que ainda estão no local.
“De fato foi o maior incêndio que a cidade de Manaus já enfrentou. Foram mais de 24 horas até o presente momento de enfrentamento a essas chamas. A nossa preocupação maior foi em confinar para evitar aquela coluna de gás tóxico que estava sendo jogado na atmosfera. O incêndio já está completamente confinado, com pequenos focos, qualquer aeronave que passar aqui em cima vai observar isso, as nossas equipes ainda estão no local e permanecerão. Nós trabalharemos por mais dois dias aqui fazendo a remoção do material que foi queimado.”, explicou.
Ainda conforme o comandante, foram utilizados cerca de 200 homens - entre eles alunos-soldados - 26 viaturas e drones no combate às chamas, além de apoio externo do governo como caminhões-pipa, retroescavadeira e apoio logístico.
“Ainda há alguns pontos de chamas, ainda pegando fogo, mas são locais que nós já temos o controle absoluto. Nós temos viaturas posicionadas em todo o perímetro da área sinistrada, preservamos dois grandes galpões e um terço do galpão atingido.”, disse. Ainda conforme o comandante, a equipe se esforçou para evitar que as chamas chegassem à área de mata, o que foi uma grande preocupação.
“Durante aquele momento crítico do fogo é gerado microexplosões e médias explosões, nessas explosões elas podem projetar fagulhas de ignição que se pegarem na vegetação seca elas podem iniciar um fogo em vegetação e se expandir rapidamente, e aí sim sai do controle. Outra preocupação nossa foi garantir as edificações laterais que não fossem atingidas, então um terço do galpão sinistrado foi preservado, lá dentro nós temos centenas de veículos preservados, além dos galpões que estão muito próximos ali, cerca de 6 metros, o calor foi tão grande que trincou todos os vidros das edificações”, detalhou.
Agora a equipe segue trabalhando para remover os materiais tóxicos e inflamáveis, para evitar reignição. Conforme Muniz, o local possuía grande quantidade de polipropileno, solvente, borracha e material plástico. “Havendo uma reignição pode haver explosões, propagação e sair do controle, e se o corpo de bombeiros não garantir que a área está segura, não é prudente sair do local”, finalizou.
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