Grávida recebe falso óbito fetal em Manaus e caso repercurte nacionalmente; vídeo
Grávida recebe falso óbito fetal em Manaus pic.twitter.com/dEJLL524Rm
— Portal do Holanda (@portaldoholanda) July 25, 2025
Manaus/AM – Um caso inacreditável de um falso diagnóstico de óbito fetal em uma maternidade de Manaus ganhou as redes sociais e revoltou internautas de todo o país. Jéssica Araújo, uma esteticista de 29 anos e grávida de sete meses, viveu momentos de tensão na maternidade Moura Tapajós no último dia 8 de julho, quando foi informada de que seu bebê estava morto e quase foi submetida a um aborto induzido. A reviravolta veio em outra unidade de saúde: o bebê estava vivo.
A história de Jéssica, detalhada por ela mesma em suas redes sociais, rapidamente se espalhou, gerando uma onda de indignação. Milhares de compartilhamentos e comentários expressaram inconformismo e revolta com a suposta negligência médica. "Como um erro desses pode acontecer?", "É desumano!", e "Quantas outras mães não passaram por isso?" foram algumas das reações que pipocaram na internet.
Jéssica procurou a maternidade Moura Tapajós após sentir fortes dores pélvicas. Depois de uma triagem demorada, foi avaliada por uma médica que, apesar de constatar um útero fechado e normal, não conseguiu ouvir os batimentos cardíacos do feto. Exames de sangue, urina e uma ultrassonografia foram solicitados.
O cenário de desespero começou na sala de ultrassom. Impedida de entrar com acompanhante, Jéssica relatou que em menos de cinco minutos o médico e sua assistente anunciaram o óbito fetal. "A médica entrou logo em seguida e disse que já sabia, que só queria uma confirmação. Então, imediatamente prescreveu a internação para indução do parto e retirada do bebê morto", contou a esteticista, ainda emocionada.
Mesmo diante da notícia devastadora e com a pressão arterial elevada, Jéssica sentia o bebê se mexer. "Avisei o técnico de enfermagem, que falou com a médica. Ela disse que eram apenas gases, que meu bebê já estava morto", desabafou ela em sua publicação.
Com acesso venoso instalado e já vestida para a internação, Jéssica aguardava um leito na unidade lotada. Desconfiada, ela pediu para ir a outra maternidade. Embora tenha sido informada de que não poderia levar os exames, conseguiu fotografar o laudo.
Na maternidade Dona Lindu, o alívio: o médico estranhou a ausência de sangramento e o útero fechado diante de um suposto óbito fetal. Ao usar o aparelho para escutar os batimentos, a confirmação que mudou tudo: o bebê estava vivo. "Foi nessa hora que meu coração quase saiu pela boca", descreveu Jéssica para a imprensa.
A Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) informou que o caso está sendo acompanhado: "A Secretaria Municipal de Saúde de Manaus informa que está tomando todas as medidas cabíveis para apuração rigorosa do ocorrido, a fim de identificar com precisão o que motivou a divergência entre os exames realizados."
Ressaltamos que todo o atendimento prestado à paciente seguiu rigorosamente os protocolos clínicos estabelecidos pela unidade, que há mais de duas décadas se orienta pela prática segura e ética da assistência à saúde.
Reiteramos o compromisso desta Secretaria com a transparência, a segurança e o respeito à vida, mantendo diálogo constante com a população, autoridades e órgãos de controle.
Jéssica já processou os dois médicos da maternidade e a Prefeitura de Manaus pelo diagnóstico equivocado. A decisão de tornar a história pública nas redes sociais visa alertar outras mães. "Depois que eu publiquei, apareceram muitas mães dizendo que passaram pela mesma coisa. É bom que fique um alerta", finalizou.
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