Após morte de macaco, Zoológico de Goiânia passa a ter restrições
BRASÍLIA - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia começou nesta segunda-feira ações no Zoológico da cidade após a confirmação da morte de um macaco Guariba por febre amarela. O corpo do animal foi enviado à secretaria para exames e a causa de morte foi confirmada na semana passada. Apesar do resultado positivo para a doença, o material foi enviado para laboratórios em Brasília e São Paulo para novas análises. O Zoológico passou a ter restrições para os visitantes.
Como precaução, o órgão enviou agentes zoonoses para coletar mosquitos do local para investigação e eliminar possíveis criadouros na região. O processo deve levar um mês. Segundo informações do G1, o parque alegou que o animal não fazia parte do plantel do local, apenas morreu lá.
Após a morte do animal, o zoológico passou a exigir que os visitantes apresentassem cartão de vacinação para a doença. A medida vale até 3 de maio. Caso a pessoa esteja vacinada mas não porte o cartão, precisará assinar uma declaração de que possui cobertura contra a doença. O movimento no parque diminuiu após a implementação da exigência. Costumeiramente recebendo em média 5 mil pessoas por fim de semana, no último domingo apenas 200 visitantes passaram pelo local.
A aparição da doença em macacos é um primeiro sinal para uma possível epidemia em humanos, por isso a diretoria de Vigilância em Zoonoses da SMS pretende avaliar todos os parques, reservas e áreas verdes do município. A ação tem como objetivo capturar mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus, Aedes Albopictus e Sabethes (transmissores da doença) e encaminhar as amostras para análise. Áreas residenciais também serão monitoradas.
A Secretaria implementou também algumas iniciativas para combater a doença como borrifação de inseticida, combate ao mosquito Aedes aegypti (o mesmo que transmite dengue e chikungunya) com agentes de combate de endemias e ampliação da cobertura vacinal em áreas prioritárias. Contudo, o órgão ressaltou, em comunicado, que “não há qualquer evidência da circulação do vírus da febre amarela no município de Goiânia entre humanos” e alertou ainda que “ os macacos não transmitem a febre amarela, eles são vítimas da doença”.
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