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Herdeiro do “Rei do Bacalhau” é condenado a 21 anos pelo assassinato do pai adotivo

Por Agência O Globo

24/11/2017 12h11 — em
Rio de Janeiro



RIO - Mais de dez anos depois de matar Plácido da Silva Nunes, fundador do restaurante “Rei do Bacalhau”, Antônio Fernando da Silva, filho adotivo da vítima, foi condenado ontem a 21 anos e nove meses de prisão em regime fechado. O empresário foi encontrado morto no dia 10 de setembro de 2007, em seu apartamento na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. A motivação para o crime seria o interesse de Antonio em herdar a propriedade integral do restaurante e receber o seguro de vida do pai. Segundo as investigações, Antônio Fernando foi o mentor do assassinato e responsável por outras seis mortes, ocorridas para ocultar o crime. O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri da Capital também condenou Jackson Almeida Galo, por participação no crime. Ele teria conduzido o executor ao local do homicídio, recebeu uma pena de 18 anos e oito meses.

O juiz Carlos Gustavo Vianna Direito presidiu o julgamento, que começou na quarta-feira, dia 22, e se estendeu até o final da noite de ontem. Entre as testemunhas ouvidas no Plenário estavam a ex-companheira e o pai de Carlos Eduardo Torres Galvão, que na ocasião trabalhava como segurança do restaurante e, segundo a denúncia do Ministério Público, foi contratado por Antonio Fernando para matar o empresário.

Ainda de acordo com a denúncia, depois de matar o dono do Rei do Bacalhau, Carlos Eduardo começou a extorquir Antonio Fernando, o que o levou a contratar outro matador para assassiná-lo. Uma sequência de assassinatos teria ocorrido depois, sempre a mando de Antonio Fernando, para encobrir o primeiro crime.

No dia 11 de setembro de 2007, Plácido, de 75 anos, então dono do Rei do Bacalhau, foi encontrado morto com uma facada no pescoço, em seu apartamento no Jardim Guanabara, na Ilha. De acordo com as investigações, ele foi golpeado ao virar as costas para o criminoso para ir à cozinha. Foram roubados um cordão de ouro e outras joias, um celular, uma pistola e dinheiro. O apartamento estava revirado quando uma empregada encontrou o corpo da vítima. Durante as investigações, o delegado Rafael Willis descobriu que além de dar desfalques no caixa do restaurante, Antônio Fernando recebeu cerca de R$ 2 milhões pela morte do pai.

Depois de matar Carlos Eduardo, o herdeiro do restaurante encomendou ainda a morte de mais duas pessoas para quem ele contou ter matado o pai: o advogado dele e um pai de santo. Meses depois também foi morto um policial que investigava o caso, um garçom e o gerente, que desconfiavam de desfalques no restaurante.


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