Manaus/AM - Gil Romero Machado Batista, 41, procurado por assassinar a jovem Débora da Silva Alves, 18, grávida de 8 meses, já havia tentado matá-la em outra ocasião. 

Segundo o delegado Ricardo Cunha, a jovem chegou a contar sobre o ataque a familiares, mas não chegou a registrar boletim de ocorrência contra ele.

“Esse indivíduo já tinha dado medicamentos abortivos para ela no início da gravidez (...) E novamente ele atentou contra a vida dela no mês de junho. Ele se utilizou aí dos mesmos artifícios de levar ela para um lugar esmo, entretanto, ela estava fazendo uso de uma faca e na ocasião conseguiu se defender. Porém, ela não levou esse caso às autoridades públicas”, afirma o delegado Ricardo Cunha.

Segundo a delegada Débora Barreiros, o crime foi motivado pelo fato de Romero ser casado e não aceitar o filho da vítima, por ser fruto da relação extraconjugal.

“Ela se envolveu com um homem casado que lhe prometeu alguns benefícios. Ela estava iludida, talvez apaixonada e engravidou dele (...) Ele dizia que essa criança poderia ser de qualquer pessoa, mas ele era apontado como pai. Ele tentou fazer com que ela abortasse, chegou a mandar levar ela em clínica de aborto, mas ela não quis. Como não conseguiu fazer com que ela retirasse a criança, ele bolou esse plano macabro”, relata a delegada.

A esposa de Romero também já sabia da gestação de Débora, mas a polícia não informou se ela também é alvo das investigações.

“A esposa já sabia da situação e obviamente, não aceitava (...) As investigações ainda estão acontecendo, tem pessoas para serem ouvidas, câmeras para serem analisadas, perícias, a gente precisa desses resultados para dar muitas repostas”, pontua.

José Nilson Azevedo, o “Nego” foi preso, suspeito de ajudar a ocultar o corpo da vítima. Romero segue foragido.