Drogas vindas do Peru cruzavam o rio Solimões para chegar a Manaus
Manaus/AM - Uma carga avaliada em cerca de R$ 50 milhões, composta por cocaína e maconha, foi interceptada enquanto cruzava o rio Solimões rumo a Manaus. A droga, segundo a investigação, teria saído da região do Peru e usava rotas fluviais no interior do Amazonas para chegar a capital.
"Foi uma operação que contou com o uso da lancha blindada, a mesma que os senhores acompanharam durante a entrega, e que possibilitou uma abordagem sem maiores riscos ou danos colaterais", contou o delegado Bruno Fraga em coletiva nesta segunda-feira (28). A ação aconteceu nas proximidades de Manacapuru e também contou com equipamentos de visão noturna.
Os quatro tripulantes da embarcação, sendo três colombianos e um peruano, não ofereceram resistência durante a abordagem e foram presos em flagrante. "As investigações vão continuar para que nós consigamos chegar até as pessoas que iriam fazer a logística dela já aqui na cidade de Manaus", completou o delegado.
A droga estava escondida em um rabetão. "Mesmo com o grupo escondido em uma embarcação típica da região, conseguimos identificá-los graças ao uso de equipamentos térmicos e à experiência da equipe. Eles estavam praticamente camuflados na mata", explicou o delegado Juan Valério, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
"Apesar de não ter havido muita resistência por parte dos indivíduos, foi uma missão difícil do ponto de vista de localizá-los e identificá-los no rio. Além da expertise dos policiais, que já têm muita experiência nas apreensões, foi de extrema importância o uso dos equipamentos optrônicos que temos, como visão noturna e equipamento termal, porque eles estavam numa pequena embarcação regional, um canoão, na verdade, que ficava muito próximo, muito rente ao fio d'água, escondido também nas matas que existem à beira do rio. Estávamos muito bem camuflados, mas, mesmo assim, insistimos no alvo, conseguimos identificá-lo e, quando realizamos a abordagem de maneira segura, eles não tiveram chance de se evadir ou pular na água; conseguimos prendê-los (...) Esse tipo de tecnologia reduz os riscos tanto para os policiais quanto para os próprios suspeitos. É uma operação de inteligência, não de confronto”, salientou.

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