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Juiz dos EUA impede governo Trump de revogar visto de estudantes estrangeiros

Por Folha de São Paulo

22/05/2025 22h30 — em
Mundo


Foto: Reprodução/Youtube

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um juíz federal na Califórnia impediu o governo Donald Trump de cancelar o visto de estudantes estrangeiros que frequentam universidades nos Estados Unidos. A gestão do republicano já prendeu pelo menos três estudantes, entre eles o palestino Mahmoud Khalil, por críticas que fizeram à guerra de Israel na Faixa de Gaza ou participação em protestos pró-Palestina.

Além disso, também cancelou os vistos de milhares de alunos envolvidos em manifestações políticas ou que tinham algum tipo de histórico criminal --na maioria dos casos, por delitos como dirigir embriagado, que não levaram à condenações mas ficaram registrados na base de dados do governo.

Na ordem, o juiz Jeffrey White disse que o governo não pode mais prender ou deter esutdantes estrangeiros por questões imigratórias até que um caso que lida com o mérito dessas detenções tenha sua tramitação concluída no Judiciário.

White disse que as ações do governo Trump vem "causando caos" na vida dos estudantes e suas famílias. Diferente de decisões anteriores, a que foi emitida nesta quinta vale para todo o país, e não para casos individuais, como vinha acontecendo.

O juiz também proibiu o governo de transferir estudantes presos para fora dos estados onde moram. O governo Trump fez isso com Mahmoud Khalil, estudante de mestado da Universidade Columbia que foi preso em Nova York e levado para uma prisão federal na Louisiana.

Lá, ele perdeu o nascimento do primeiro filho depois que o juiz de imigração local não permitiu uma saída temporária, nem com tornozeleira eletrônica, para que estivesse presente no parto da esposa, que é cidadã americana. Khalil soube do nascimento pelo telefone.

Ex-aluno da Universidade Columbia e de origem palestina, Khalil foi preso por autoridades imigratórias em 8 de março. O caso se tornou um dos mais emblemáticos da repressão a manifestações pró-Palestina nos EUA, intensificada sob o governo de Trump, e é criticado por grupos que atuam com direitos humanos e que o descrevem como um ataque à liberdade de expressão e ao devido processo legal.


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