As Forças Armadas de Israel confirmaram neste sábado (21) um ataque aéreo a instalações nucleares iranianas localizadas em Isfahan. Segundo fontes militares, dois locais de produção de centrífugas foram atingidos durante a ofensiva noturna. Este é o segundo ataque israelense à região desde o início da escalada militar com o Irã, iniciada no dia 13 de junho.

Horas antes, a agência estatal iraniana Fars já havia divulgado que múltiplas explosões foram ouvidas no complexo, mas autoridades locais negaram qualquer vazamento de material radioativo. Segundo uma fonte de segurança iraniana, a maioria das detonações foi provocada por ações das defesas aéreas do país. Teerã ainda não reconheceu oficialmente os danos à infraestrutura nuclear.

O ataque ocorre no sétimo dia de confrontos entre os dois países. Em resposta à primeira ofensiva israelense, o Irã já havia lançado uma série de drones e mísseis contra alvos em território israelense. Um hospital no sul de Israel foi atingido, deixando cerca de 70 feridos, o que levou o governo israelense a prometer novas retaliações e exigir condenação internacional ao ataque.

Enquanto isso, líderes europeus intensificam esforços diplomáticos para evitar uma guerra em larga escala. Ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha, além de representantes da União Europeia, reuniram-se com o chanceler iraniano Abbas Araghchi em Genebra. O objetivo seria apresentar uma proposta de negociação envolvendo o programa nuclear iraniano. Segundo o presidente francês Emmanuel Macron, o Irã precisa “demonstrar disposição” para aderir à solução pacífica.