Ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner começa a cumprir prisão domiciliar
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, iniciou, nesta terça-feira (17), o cumprimento de sua pena em prisão domiciliar por condenação de corrupção. A decisão judicial, que incluiu o uso de tornozeleira eletrônica, ocorreu após a Suprema Corte argentina rejeitar os últimos recursos de sua defesa, confirmando a sentença de seis anos de prisão.
A possibilidade de cumprir a pena em casa foi concedida devido à idade de Cristina, que tem 72 anos, enquadrando-se em uma lei argentina que permite essa modalidade para pessoas acima de 70 anos. Embora o Ministério Público tenha se oposto, a solicitação dos advogados foi aceita, e ela permanecerá em um apartamento no bairro de Monserrat, em Buenos Aires, sob monitoramento constante.
A condenação de Cristina Kirchner está ligada a um esquema de corrupção que favoreceu o empresário Lázaro Báez. Ele teria vencido 51 licitações de obras públicas, muitas delas superfaturadas ou incompletas, e repassado parte dos recursos para a família Kirchner. As acusações abrangem os governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e os dois mandatos dela, com um prejuízo estimado em US$ 1 bilhão.
Com o início da prisão domiciliar, Cristina está proibida de sair de casa e terá que submeter uma lista de familiares autorizados a visitá-la. A decisão também impacta sua vida política, já que, com a condenação confirmada, ela não poderá disputar as eleições legislativas de setembro, onde almejava uma vaga como deputada. A ex-presidente continua negando as acusações, alegando perseguição judicial.
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