EUA enviam porta-aviões nuclear ao Caribe em meio à escalada com a Venezuela
Nesta sexta-feira (24), em meio à escalada de tensões contra a Venezuela, os Estados Unidos anunciaram o envio do grupo de ataque liderado pelo porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford para o Caribe. O Pentágono não detalhou a localização exata onde as embarcações serão posicionadas, mas o movimento é visto como um aumento da presença militar americana na região. O Gerald R. Ford é o maior porta-aviões do mundo e tem capacidade para operar mais de 75 aeronaves de combate, entre elas os jatos F-18 Super Hornet e o E-2 Hawkeye.
O grupo naval inclui ainda o cruzador de mísseis guiados Normandy, da classe Ticonderoga, e os contratorpedeiros Thomas Hudner, Ramage, Carney e Roosevelt, todos equipados com sistemas de defesa superfície-ar, superfície-superfície e antissubmarino. As embarcações estavam recentemente atracadas no porto de Split, na Croácia, a mais de 8 mil quilômetros do Caribe, e devem levar alguns dias para alcançar a nova área de operação.
De acordo com o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, a presença reforçada das forças americanas na área de responsabilidade do Comando Sul visa ampliar a capacidade dos Estados Unidos de “detectar, monitorar e desmantelar atividades e atores ilícitos que ameacem a segurança e a prosperidade nacional”. O envio da frota ocorre em um contexto de crescente tensão diplomática e militar entre Washington e Caracas, sob a justificativa de "combater o narcotráfico", o que vem sendo visto com preocupação por especialistas em relações internacionais.
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