O fisiculturista russo Nikita Tkachuk morreu aos 35 anos, em São Petersburgo, vítima de falência múltipla de órgãos provocada pelo uso de substâncias para crescimento muscular. A informação foi confirmada por sua esposa, Maria, nas redes sociais, no último domingo (18). Conhecido pelo "corpo impossível", Tkachuk se tornou referência no mundo do fisiculturismo devido às proporções extremas que alcançou com a utilização de estimulantes químicos.

Segundo a imprensa local, a morte de Tkachuk está ligada ao uso contínuo de Synthol, uma substância oleosa composta por ácidos graxos, lidocaína e álcool benzílico. Relatos apontam que ele tinha contrato com uma empresa farmacêutica para divulgar o produto, o que o impedia de interromper as aplicações, mesmo quando seu estado de saúde começou a se deteriorar.

Antes de morrer, o atleta foi internado em uma unidade de terapia intensiva com insuficiência pulmonar e renal, e chegou a ser colocado em coma induzido após sofrer uma parada cardíaca. As complicações se agravaram após ele contrair Covid-19 e apresentar um quadro de edema pulmonar. Em vídeos publicados há dois anos, Tkachuk demonstrou arrependimento pelo uso do Synthol e alertou outros atletas sobre os riscos à saúde.

A morte do fisiculturista causou comoção no meio esportivo. A Federação de Esportes de Força de Ukhta prestou homenagem e destacou a trajetória de Tkachuk, que conquistou o título de “Mestre do Esporte” aos 21 anos. Ele realizou feitos expressivos, como levantamento-terra de 350 kg, agachamento de 360 kg e supino de 210 kg. “Nikita permanecerá para sempre em nossa memória como um atleta excepcional e uma pessoa com um grande coração”, declarou a entidade.