Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu neste sábado (5) a "reglobalização sustentável" durante a abertura da Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do Brics. A proposta foca em uma globalização baseada no desenvolvimento social, econômico e ambiental da humanidade.

O ministro também apoiou a criação de um acordo tributário global mais justo pelas Nações Unidas, visando que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos.

Haddad ressaltou a legitimidade do Brics para liderar essa nova abordagem da globalização, destacando que o bloco, com 11 países membros permanentes, representa quase metade da população mundial e 39% da economia. Ele mencionou o papel do Brasil na presidência do G20, onde a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a tributação progressiva dos super-ricos foram pautas centrais.

Para o ministro, soluções cooperativas são essenciais para os desafios contemporâneos, como o aquecimento global, pois nenhum país pode resolvê-los isoladamente.

No que tange à crise climática, Haddad destacou que os países do Brics buscam instrumentos inovadores para a transformação ecológica, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). O objetivo é impulsionar economias de baixo carbono, com expectativa de um anúncio significativo na COP 30.