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A intriga das marinetes


Por Raimundo de Holanda

28/05/2025 19h56 — em
Bastidores da Política



A declaração do senador Omar Aziz (PSD), de que a não pavimentação da BR 319 contribuiu para o colapso de oxigênio em Manaus, durante a pandemia, vem sendo refutada por grupos ligados à ministra Marina Silva.

O argumento é que, se o envio ocorresse pelo Rio Madeira chegaria com 66 horas de antecedência. 

O cálculo é bom, mas não leva em conta que nesse mesmo período começavam os problemas de navegação nos rios da região, o que atrasou  o transporte fluvial e o abastecimento de Manaus.

E é falso o que diz o pesquisador  Lucas Ferrante, na medida em que não considera que a rodovia, caso fosse asfaltada, possibilitaria que o oxigênio chegasse na cidade  em 10 horas. Portanto, menos tempo do que ele entende que o Madeira favoreceria. 

Propositalmente, o pesquisador  fala em menos 66 horas, mas parece desconhecer que uma balsa leva 4 dias, quando os rios estão cheios, para  fazer o trajeto de Porto Velho a Manaus. 

Um erro proposital de cálculo ou  pressa em justificar os obstáculos  colocados pela ministra Marina Silva  para o asfaltamento de 800 km da rodovia?

Ferrante é humano. Portanto, suscetível a erros.  Mas precisa  ser correto...

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ASSUNTOS: BR 319, Ferrante, Marina Silva, Omar Aziz

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.