Tem gente que escreve sobre qualquer coisa. Eu, não. Preciso estar motivado.  Sempre paro para pensar o que o leitor gostaria de ler. O que o  motiva, o atrai, desperta  curiosidade.  E me frustra saber que a maioria gosta das tragédias do cotidiano, da vida alheia.

O caso daquela jovem amazonense que levou 9 facadas do namorado e que mesmo assim, após recuperada, foi à delegacia exigir o fim de medida protetiva tomada, segundo ela, sem sua autorização, explodiu em audiência. E cresceu mais ainda quando a mulher chamou o namorado, pediu perdão pelo que ela não fez e se reconciliou com ele.

'Amor assim' - "que tudo suporta, tudo perdoa" não existe mais. Ou é uma doença, que precisa ser curada, ou uma paixão sem limites, que  cega, que anula o outro e  sequer permite avaliar a tênue fronteira entre a submissão e o ódio.

Casos como este se repetem todos os dias. 

O mais curioso é que você, leitor, gosta desse desfecho trágico. É a sua leitura preferencial... E isso é lamentável.