Manaus/AM - A Justiça do Amazonas condenou Rickson Silva de Oliveira a 18 anos de prisão pelo homicídio qualificado de Aline Rafaete dos Santos, ocorrido em 10 de fevereiro de 2024, dia em que a jovem completava 22 anos. O crime aconteceu dentro de uma casa de shows no bairro Planalto, zona centro-oeste de Manaus. Aline foi atingida por vários disparos, chegou a ser socorrida e permaneceu internada por quase três meses, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo em 6 de maio do mesmo ano.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), o crime teria sido motivado por um acerto de contas ligado ao tráfico de drogas. Uma testemunha ouvida no inquérito policial afirmou que a morte da jovem estava relacionada a dívidas com uma facção criminosa. A acusação sustentou que o homicídio foi cometido mediante paga ou promessa de recompensa e com o uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.

Rickson foi denunciado junto a outras duas pessoas, que acabaram absolvidas por falta de provas. Já o réu, preso desde o período do crime, manteve-se em silêncio durante o interrogatório em Plenário, optando por não responder às perguntas. A decisão judicial levou em conta as circunstâncias qualificadoras reconhecidas pelo júri.

A magistrada responsável pelo caso determinou o cumprimento provisório da pena, o que mantém Rickson Silva de Oliveira encarcerado enquanto a defesa avalia a possibilidade de recorrer. A sentença reforça a posição do Judiciário em relação à repressão de crimes associados a organizações criminosas e ao uso de violência extrema.