Estudo mostra que espaçamento entre castanheiras favorece crescimento da espécie
Manaus/AM - O espaçamento adotado entre as castanheiras influencia no crescimento e na produção de frutos, revela estudo feito pela Embrapa Amazônia Ocidental em plantios de castanha-do-brasil (Berletia excelsa).
O pesquisador da Embrapa, Roberval Lima, disse que, usualmente, há dois padrões de espaçamento no estabelecimento de plantações tropicais: quadrado (o mais comum) e retangular. “O número de árvores plantadas por hectare é uma das principais decisões silviculturais no estabelecimento das plantações”, informa ele, para completar dizendo que o aperfeiçoamento do custo, porque pequenos reforços por outro número de mudas, reforços podem aumentar à qualidade da madeira.
No caso da castanha-do-brasil, os espaços iniciais muito amplos favorecem a formação de copas grandes, sendo mais indicados para a produção de frutos. Espaçamentos menores são mais indicados para a produção madeira, pois favorecem o desrama natural e a formação de copas mais estreitas.
Mais conhecida pela utilização de seus frutos, muito comercializado para o exterior, com diversas utilidades devido às suas propriedades nutricionais, a castanheira pode ser usada para produção de madeira, para restaurar Áreas de Preservação Permanentes (APP), Áreas de Reserva Legal (RL) e contribuir com o sequestro de carbono.
Para esse uso, deve ser oriunda de áreas plantadas, pois o abate dessa espécie da natureza é proibido pelo Decreto Lei número 1.282 de 19/10/1994.
No Amazonas, a castanha é dos produtos mais importantes do processo produtivo de comunidades extrativistas. Historicamente, essa produção se destina a partir de unidades de grupos de familiares, amplamente disseminadas ao longo dos produtores e fornecedores que comercializam o produto até a indústria.
Cinco usinas de beneficiamento de castanha foram instaladas no Amazonas desde 2004 nos municípios de Manicoré, Lábrea, Beruri, Amaturá e Barcelos, todas as geridas por associações ou cooperativas, com o apoio de parceiros nacionais e internacionais.
Atualmente, mais de 4,5 mil produtores rurais estão envolvidos nestas atividades. Em 2018, o Instituto de Desenvolvimento do Amazonas (Idam) assistiu 602 beneficiários, com uma produção de 1.39,07 toneladas de castanha in natura.
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