Manaus/AM - O juiz Fábio César Olintho de Souza, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, decidiu revogar a prisão preventiva de Bruno da Silva Gomes, acusado pela morte do jovem jordaniano Mohammad Manasrah, de 20 anos. A decisão foi tomada na terça-feira (16) e substitui a prisão por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Segundo o magistrado, Bruno tem colaborado com as investigações desde o início do processo. Ele se apresentou espontaneamente à polícia, entregou as roupas usadas no dia do crime, autorizou a coleta de DNA e compareceu a todas as etapas judiciais até o momento.

O juiz também destacou que não há indícios de que Bruno pretenda fugir. Diferentemente do outro acusado no caso, Robson Silva Nava Júnior, que está foragido, Bruno comprovou residência fixa e demonstrou disposição em responder ao processo em liberdade.

Na decisão, o magistrado afirmou ainda que não existem elementos que indiquem risco ao andamento do processo ou ameaça às testemunhas. Também foi considerado o fato de que Ismail Manasrah, irmão da vítima e sobrevivente do ataque, não mora em Manaus.

Além do uso da tornozeleira, Bruno deverá comparecer mensalmente à Justiça, está proibido de se aproximar das vítimas, familiares e testemunhas, mantendo distância mínima de 300 metros, e não poderá sair de Manaus sem autorização judicial. Ele também terá que participar, por pelo menos seis meses, de um programa de ressocialização.

O crime ocorreu de madrugada, em fevereiro, em frente a uma casa noturna no bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul da capital. De acordo com o Ministério Público, Mohammad morreu após ser atingido no pescoço por uma garrafa quebrada, enquanto Ismail ficou ferido ao tentar defender o irmão. Os dois acusados respondem por homicídio e tentativa de homicídio, e o caso seguirá para julgamento pelo Tribunal do Júri.