População denuncia falta de médicos em hospitais de Manaus, mas Susam nega
Médicos do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto paralisaram as atividades básicas, na madrugada desta segunda-feira (5) como forma de reivindicar o pagamento de salários atrasados e falta de materiais básicos na unidade como gazes, ataduras e medicamentos.
Segundo um enfermeiro, que não quis ser identificado, os técnicos de enfermagem, enfermeiros e vigilantes da unidade hospitalar também estão há 4 meses sem receber. O atendimento para casos mais graves funcionou normalmente.
Apesar dos problemas, pacientes que precisam passar por procedimento cirúrgico estão sendo encaminhados para a unidade.
Mais paralisações
Desde sábado (3), cirurgiões que atuam nos hospitais públicos João Lúcio, Platão Araújo e Hospital 28 de Agosto, decidiram cruzar os braços e suspender as atividades. Ao todo, 70% dos profissionais aderiram a paralisação que já vinha sendo anunciada há pelo menos três dias.
No domingo (4), a Susam se manifestou sobre a decisão dos médicos, mas disse que a situação está controlada e que o atendimento não está comprometido nas unidades:
"Não há paralisação nos prontos-socorros 28 de Agosto, na zona centro-sul, João Lucio Machado e Platão Araújo, na zona leste. Também há atendimento normal no Pronto-Socorro da Zona Norte Delphina Aziz e na UPA Campos Sales, no Tarumã, zona Oeste, e UPA José Rodrigues, na Cidade Nova, zona norte. Nos prontos-socorros infantis da Zona Oeste, da Zona Leste e da Zona Sul e em todas as maternidades os serviços funcionam normalmente.
O 28 de Agosto é referência para as demandas de casos graves do SPA da Alvorada, do São Raimundo e do Joventina Dias. O Samu foi orientado pela Susam a não encaminhar pacientes para SPA e as demandas espontâneas que precisem de cirurgia geral estão sendo transferidas pelo serviço de regulação hospitalar para os prontos-socorros maiores".
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