Consumismo: Psicóloga explica como o problema pode afetar a saúde e a vida das pessoas

Vitrines, lojas de departamentos, shoppings, Black Friday. Quem não adora fazer umas comprinhas, certo? E isso não é privilégio apenas das mulheres não, pesquisas recentes mostram que as pessoas em geral, estão cada vez mais consumistas e isso é um fenômeno mundial. No Brasil, apesar da forte crise econômica instalada no país, muitas pessoas ainda insistem em comprar o que encontram pela frente.
Segundo a psicóloga do sistema Hapvida Saúde, Carla Cunha, além de refletir a falta de controle sobre as finanças, o consumismo pode camuflar problemas de ordem psicológica.
“Os compradores compulsivos têm mesmo um distúrbio, pois eles buscam uma satisfação que não vem e isso gera ainda mais frustração. O transtorno do impulso é uma doença psiquiátrica. Mas existem outros problemas que podem se associar, como a depressão e a ansiedade. O cérebro tem um mecanismo que se assemelha a uma espécie de freio. É justamente nesse freio que está o defeito, o déficit, nas pessoas que têm descontrole para compras”.
Ela afirma que o desejo pela compra compulsiva é distúrbio emocional que pode afetar diretamente várias áreas da vida do indivíduo: a vida social, profissional, familiar e social. Esse transtorno já é considerado um problema de saúde pública e tem sido bastante debatido entre os profissionais da área.
O consumismo compulsivo também encontra em algumas ações de marketing, um forte aliado, como as tradicionais promoções que estimulam ainda mais o desejo desenfreado pela compra, a Black Friday é um exemplo disso, como destaca a psicóloga:
“Há principalmente duas características nesse evento que despertam a atenção do consumidor: o tempo limitado para se fazer as compras e o contágio causado pelo apelo midiático que a Black Friday tem. É como se o consumidor tivesse a sensação de que está perdendo algo se não conseguir comprar pelo menos um produto com preço mais baixo”.
A especialista afirma que embora possa parecer difícil se controlar, antes de comprar algo é sempre importante se fazer a seguinte pergunta: eu realmente preciso disso? Se a resposta for não, não compre. Outras questões também devem ser analisadas cuidadosamente como a questão da durabilidade do produto: como este objeto estará daqui a alguns dias, meses ou um ano? Se a imagem que vier à cabeça for um objeto encostado em algum canto pegando poeira, melhor não comprar.
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