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Advogada afirma ter sofrido racismo em loja da Zara no RJ

Por Folha de São Paulo

22/05/2024 18h56 — em
Variedades



RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma advogada do Rio de Janeiro afirma ter sido vítima de racismo ao deixar uma unidade da Zara na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense. O caso teria acontecido no sábado (21).

Ingryd Souza disse nas redes sociais que, após comprar roupas, precisou mostrar os produtos adquiridos e a nota fiscal para uma funcionária porque o detector antifurto disparou. A Polícia Civil investiga o caso.

A gerente já estava na porta com um tablet, aguardando a nossa saída. Ouvimos um 'boa noite', voltamos para a entrada da loja e ela [a vendedora] falou que o sensor estava mostrando que tinha uma blusa de seda de botão no tablet dela que parecia estar na minha bolsa. A gente começou a explicar que comprei uma blusa, mas que não era aquela blusa que aparecia no tablet. Depois apitou de novo, nós retornamos e eu comecei a mostrar as coisas que havia comprado", disse, em suas redes sociais.

Em nota, a Zara afirmou que "é uma empresa que não tolera qualquer ato de discriminação e lamenta que a cliente tenha se sentido desta maneira em uma de suas lojas".

"A empresa ressalta que está reforçando todos os processos e políticas de atendimento com as equipes para que suas lojas sejam sempre um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para todos", acrescentou.

Ainda em suas redes, a advogada disse que não é a primeira vez que sofreu racismo. "Já passei por outras como essa, mas dessa vez não vai passar batido. Vocês precisam aprender urgentemente a tratar com dignidade uma pessoa preta. Nunca passei por tamanho constrangimento", escreveu,

O procurador da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, Paulo Henrique Lima, acompanhou Ingryd na delegacia.

"Casos dessa natureza não podem ser naturalizados, pois a abolição de todas as formas de violência racial é um condicionante para atingirmos a plenitude do Estado democrático de Direito", afirmou o procurador a jornalistas.


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