Ratinho é condenado por trabalho escravo e SBT não exibe programa ao vivo
Carlos Roberto Massa, o Ratinho, do SBT, foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho, por manter trabalhadores em condição análoga ao de escravos em uma fazenda produtora de cana-de-açúcar da qual ele era dono, em Limeira do Oeste, Minas Gerais. A multa será de R$ 200 mil por danos morais coletivos.
Segundo as acusações, além de aliciar pessoas na Bahia e no Maranhão sem seguir procedimentos legais para a contratação, o apresentador não fornecia equipamentos de proteção e locais adequados para refeições dos empregados, que se alimentavam na lavoura e nos banheiros.
Ratinho, que volta e meia dedica um tempo do seu programa para dar lição de moral em políticos, já foi condenado na mesma ação, pela Justiça do Trabalho de Minas Gerais, com multa de R$ 1 milhão por danos morais e coletivos. Ele conseguiu excluir o dano mas o Ministério Público do Trabalho recorreu ao TST.
Na decisão, a ministra Dora Maria da Costa afirma "não restam dúvidas da conduta ilícita praticada pelo empregador, causando prejuízos a certo grupo de trabalhadores e à própria ordem jurídica, cuja gravidade dos fatos e do ato lesivo, impõe o reconhecimento do dano moral coletivo".
Em nota, Ratinho diz que não é dono da tal fazenda desde abril de 2010 e que a Justiça havia entendido, em decisão, que não existiu trabalho em condição análoga à de escravo, mas sim supostos descumprimentos de aspectos da legislação. Ele já recorreu da decisão.
Nesta terça e quarta-feira, o apresentador não foi ao ar ao vivo no SBT. Segundo a emissora, ele está com rouquidão e por recomendações médicas, não apresentou o programa. Ao invés disso, o canal exibiu uma reprise da edição da quinta-feira passada.
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