Tjam demite Adriano Salan, acusado de ser braço direito de suposta organização criminosa
O ex-secretário de governo de Coari, o oficial de Justiça Adriano Teixeira Salan, homem de confiança do ex-prefeito do município, Adail Pinheiro, foi demitido de sua função no Tribunal de Justiça do Amazonas. Ele era acusado de advocacia administrativa e pedofilia. Estava respondendo a um procedimento administrativo disciplinar na Corregedoria do Tribunal de Justiça por determinação do CNJ.
O parecer pela demissão foi da juíza corregedora auxiliar, Ida Maria Costa de Andrade, acolhida pela desembargadora e corregedora do Tribunal de Justiça, Maria do Perpétuo Socorro Guedes Moura. Na manifestação, a juíza auxiliar determina que cópias dos autos da sentença contra Adriano Salan sejam encaminhados ao Ministério Público Estadual e Federal.
O assistente jurídico do TJ, Marcelo Corrêa, que também foi julgado pela corregedora auxiliar teve o procedimento arquivado.
Em dezembro de 2010, quando o Conselho Nacional de Justiça decidiu punir com aposentadoria compulsória os juízes Rômulo Fernandes e Hugo Levy, absolver os desembargadores Domingos Jorge Chalub e Yedo Simões, Adriano Salan e o servidor Marcelo Corrêa não foram punidos pelo CNJ, que determinou que a Corregedoria do TJ julgasse os servidor.
O CNJ instaurou o procedimento disciplinar com o objetivo de apurar o envolvimento de magistrados e servidores do Amazonas com uma quadrilha comandada pelo ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro.
O caso veio à tona durante a Operação Vorax, deflagrada em 2008 pela Polícia Federal. Escutas telefônicas revelaram as manobras judiciais que favoreceram o município de Coari no processo de partilha do ICMS.

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