Conselho de administração da Afeam aprova balanço sem ler. Prejuízo pode chegar a R$ 14 milhões
Manaus - Auditoria realizada pela HLB - AUDLINK, Auditores & Consultores - aponta que a Afeam fez uma operação de alto risco ao atuar como avalista em um empréstimo de R$ 14 milhões do Grupo Mário Guerreiro com o Banco Santander. Os auditores dizem que os dados apresentados pela Brasjuta, empresa do grupo, indicam dificuldades para honrar o compromisso assumido com o banco e que a Afeam, como co-avalista, pode ser obrigada a assumir o prejuízo.
A avaliacão da HLB está no balanço publicado pela Agência de Fomento do Amazonas no jornal Amazonas Em Tempo, página 6 do caderno de classificados, que circulou nesta terça-feira.
A Agëncia investiu em 2010 R$ 13 milhões na Brasjuta, que está apresentando prejuizos.
O que surpreendeu analistas do mercado foi o fato de a agência ter atuado como avalista em um empréstimo, quando sua função é promover o fomento, e ainda o fato de o grupo Guerreiro ter bens móveis e imóveis para apresentar como garantias de suas operações com a rede bancária.
Conselho de adnministração e fiscal aprovaram sem ler
Outra surpresa foi o fato de, apesar da advertência dos auditores independentes, o Conselho Fiscal da Afeam ter optado pela aprovação do balanço. "Eles não leram, não podem ter lido a observação dos auditores, disseram analistas ao Portal do Holanda.
O conselho de administração da Afeam é composto pelo presidente Pedro Falabela e pelos secretários de governo Raul Zaidan e Isper Abrahim.
O empréstimo da Brasjuta com o banco Santander vence em 60 dias.
O relatório dos auditores independentes aponta que os resultados negativos acumulados pela Brasjuta , apresentados na última demonstração contábil (31 DEZ 2011), totalizam R$ 3.789.000,00
- No exercicio, a Brasiljuta apresentou uma receita operacional bruta de R$ 626.000 e um resultado negativo de R$ 2.574.000,00.
" Os dados apresentados pela coligada indicam a dificuldade de obtenção de caixa suficiente até a data do vencimento para honrar o compromisso assumido , o que poderá gerar reflexos consequentes na entidade ou prejuizo de 14 milhões, advertem os auditores.

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