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Trump proíbe entrada de estrangeiros de 12 países nos Estados Unidos

Por Folha de São Paulo

04/06/2025 22h00 — em
Mundo


Foto: pixabay

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente americano Donald Trump assinou na noite desta quarta-feira (4) um decreto proibindo completamente a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos e restringindo parcialmente outros sete.

Os estrangeiros que terão a entrada totalmente negada são aqueles do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Os sete países que enfrentarão restrições parciais são Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.

Ao assinar o decreto, Trump disse que preocupações de segurança nacional justificavam as restrições, e uma porta-voz da Casa Branca afirmou que "o presidente está cumprindo sua promessa de proteger os americanos de atores estrangeiros perigosos que querem vir até aqui e nos fazer mal".

"Entendemos que os países sujeitos à proibição total apresentam um alto risco aos EUA", disse o governo em nota.

Trump também assinou um decreto nesta quarta proibindo a entrada no país de novos alunos estrangeiros da Universidade Harvard por um período de seis meses. Antes, seu governo, que está envolvido em uma disputa política ferrenha com a instituição, já havia ordenado um pente-fino nos pedidos de vistos pessoas que pretendessem visitar Harvard.

Quando estava no primeiro mandato, Trump proibiu a entrada nos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, uma das suas medidas mais controversas e que foi revogada por Joe Biden em 2021. Na época, o democrata chamou a proibição de "uma mancha na consciência nacional" dos EUA.

No texto do decreto desta quarta, Trump fez menção à proibição de seu primeiro mandato, que ficou conhecido como "veto a muçulmanos". "Na época, a medida foi bem-sucedida em impedir a entrada de ameaças no nosso país, e a Suprema Corte manteve ela de pé", diz o presidente.

Desta vez, os países não tem em comum a religião da maioria de seus habitantes, mas sim altas taxas de permanência nos EUA após o fim do período de visto, como o texto da medida deixa claro. Alguns, como o Irã e o Iêmen, são citados como países que "colaboram com o terrorismo", e ainda outros, como Líbia e Haiti, que não têm "autoridade central capaz de monitorar devidamente seus cidadãos".

"Os EUA precisam garantir que estrangeiros que entram no país, bem como aqueles já presentes em território nacional, não tenham postura hostil contra nossos cidadãos, cultura, governo, instituições ou princípios fundadores, e que também não apoiem organizações terroristas ou outras ameaças à nossa segurança", diz o texto da medida.

O decreto afirma ainda que muitos dos países citados, como a Venezuela, viraram alvo por não colaborarem com as deportações de seus cidadãos que estão nos EUA de forma irregular —esse fato foi usado pelo governo Trump para justificar, por exemplo, o envio de centenas de venezuelanos a prisões em El Salvador, aliado de Washington.


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