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Qual o tamanho real dos danos do ataque dos EUA ao Irã

Por Folha de São Paulo

23/06/2025 11h00 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Os ataques dos EUA a instalações de enriquecimento nuclear do Irã marcaram a escalada do confronto no Oriente Médio, mas as informações sobre os danos ainda são incertas.

EUA falam em "danos severos e destruição". Mas a dimensão do estrago deve levar alguns dias para ser calculada. Segundo o general Dan Caine, uma análise inicial mostra que três instalações foram atingidas pelo ataque: a usina de Fordo, de Natanz e de Isfahan.

Até agora, dano é medido por análise de imagens, além do quantitativo militar divulgado pelos EUA. O governo de Donald Trump afirmou que enviou 125 aeronaves e 75 armas guiadas com precisão. Entre essas armas, estavam 14 bombas "fura-bunker", cada uma com 2.400 quilos de explosivos.

Fotos aéreas indicam que maior impacto foi subterrâneo. As bombas, lançadas de uma altura de 12 quilômetros, têm poder de penetrar até 60 metros de profundidade antes de explodir. As imagens divulgadas pelos EUA mostram crateras de entrada das bombas e áreas acinzentadas que sinalizam escombros após o impacto. As informações foram dadas pelo analista Stu Ray ao canal britânico BBC.

Não há registro de mortes. Nem EUA, nem Irã mencionaram mortos ou feridos. O país do Oriente Médio emitiu um aviso aos moradores de Qom, que fica perto das instalações nucleares, afirmando que "não há perigo" para quem está na região.

Irã disse que áreas foram evacuadas antes. À agência estatal IRIB, o deputado Hassan Abedini afirmou que o país não sofreu um grande golpe porque retirou os materiais das instalações nucleares antes do ataque americano.

Não há sinal de vazamento nuclear, mas órgãos estão sob alerta. O Irã, a Organização das Nações Unidas e a Agência Internacional de Energia Atômica alertaram que, caso os ataques continuem, há um "forte risco" à segurança nuclear da região.


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