Mais de 140 dos 193 Estados-membro da Organização das Nações Unidas (ONU) já reconhecem a independência da Palestina, em um movimento que ganha força em meio à crise humanitária na Faixa de Gaza e aos conflitos no Oriente Médio. Recentemente, França, Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal anunciaram oficialmente o reconhecimento, destacando que a medida não se opõe a Israel, mas reforça o direito do povo palestino à autodeterminação.

Na Europa, países como Espanha, Irlanda, Noruega, Polônia, Suécia, Vaticano, Rússia e Ucrânia já haviam reconhecido a Palestina, enquanto na América Latina, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela figuram entre os que deram o aval. O reconhecimento também é amplo no continente africano, com exceção da República dos Camarões.

Apesar da expansão do reconhecimento, Israel mantém posição contrária e afirma que não aceitará um Estado palestino, resistindo à pressão internacional. A Alemanha, por sua vez, declarou que não planeja reconhecer o Estado palestino a curto prazo, priorizando negociações para uma solução de dois Estados, com Israel e Palestina coexistindo em paz.

O reconhecimento internacional da Palestina remonta a 2012, quando a Assembleia Geral da ONU elevou seu status de observador para “Estado não-membro”. Entre os países que ainda não reconhecem o Estado palestino estão Estados Unidos, Israel, Itália, Japão e Nova Zelândia, refletindo a divisão global sobre o tema e os desafios diplomáticos que persistem na região.