Sete anos após a criação da Polícia Moral, o Irã decidiu por fim a atuação do grupo que acabou matando a jovem curda Mahsa Amini, durante a prisão pelo não uso do véu. O anúncio foi feito oficialmente nesse sábado (3).

A decisão veio logo depois de uma nova mega manifestação ser marcada para acontecer nesta segunda-feira (5), em todo o país.

A morte de Mahsa gerou uma onda de protestos que ganhou força e notoriedade mundial nos últimos meses. O caso causou debates e duras críticas em diversos países , principalmente naqueles onde o uso do véu é obrigatório.

No caso do Irã, a polícia da moralidade foi criada especificamente para fiscalizar mulheres que não se vestem de acordo com o os costumes local.

Mahsa Amini passava férias com a família em Teerã no dia 13 de setembro, quando foi abordada pela polícia, que achou que a jovem não estava usando o véu corretamente.

Os agentes decidiram prendê-la e na ocasião aplicaram um golpe na cabeça da jovem, que acabou morrendo. Desde o inícios dos protestos, 300 pessoas já morreram entre oficiais e civis e por isso, o Governo do Irã decidiu encerrar as atividades da Polícia Moral.

O anúncio, dizia contudo, que haverá mudanças sobre a lei do uso do véu que devem entrar ser anunciadas daqui a 15 dias, mas não entrou em detalhes sobre quais seriam essas mudanças.