O Irã lançou uma nova série de mísseis contra Israel na madrugada desta segunda-feira (16), intensificando os confrontos entre os dois países, que já duram quatro dias. Sirenes foram ouvidas em várias cidades israelenses, como Tel Aviv e Jerusalém, enquanto o sistema de defesa aérea foi acionado para interceptar os projéteis. Segundo relatos locais, prédios residenciais foram atingidos e uma refinaria de petróleo na cidade de Haifa foi danificada.

As autoridades israelenses confirmaram que oito pessoas morreram nos ataques noturnos, elevando para 24 o total de vítimas no país desde o início da ofensiva. Do lado iraniano, as autoridades informaram que 224 pessoas morreram e mais de 1.200 foram hospitalizadas, a maioria civis. A Força Aérea de Israel respondeu com bombardeios a centros de comando da Força Quds, braço da Guarda Revolucionária do Irã, e matou o chefe de inteligência da organização.

Além dos ataques, o impacto humanitário cresce. Imagens de Tel Aviv mostram ruas cobertas por destroços, vitrines destruídas e carros danificados. Na manhã desta segunda, moradores circulavam em meio aos escombros enquanto equipes de resgate trabalhavam. No Irã, longas filas se formaram nos postos de combustíveis em Teerã, com moradores deixando a capital por medo de novos bombardeios. O fornecimento de energia foi prejudicado em áreas centrais de Israel, e os preços do petróleo continuam em alta, acumulando aumento de 7% em uma semana.

Nos bastidores do conflito, dois assessores dos Estados Unidos afirmaram à CNN que o ex-presidente Donald Trump recusou um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei. Trump e o premiê israelense Benjamin Netanyahu negaram qualquer plano nesse sentido. Apesar das trocas de acusações, ambos os governos pediram que civis evacuem regiões próximas a alvos militares, enquanto crescem os apelos internacionais por um cessar-fogo imediato.