O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde para a Ucrânia utilizar os Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS), atendendo a um pedido feito por Kiev há meses. Com alcance de até 300 quilômetros, esses mísseis balísticos supersônicos podem atingir áreas profundas no interior da Rússia, representando um marco significativo na guerra.  

Os ATACMS, fabricados pela Lockheed Martin, são disparados de sistemas como os HIMARS, que já estão em uso pelo exército ucraniano. Equipados com ogivas de 170 quilos de explosivos, eles são mais poderosos e possuem maior alcance do que os mísseis Storm Shadow franco-britânicos, limitados a cerca de 250 quilômetros.  

Embora o Reino Unido e a França tenham restringido o uso de seus mísseis em solo russo, a decisão dos EUA pode influenciar outras nações a reverem suas permissões. Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, mais de 250 alvos militares russos, incluindo 17 bases aéreas, estão agora no alcance potencial dos ATACMS da Ucrânia.  

A decisão reforça o argumento de aliados como a Polônia, que defendem o direito da Ucrânia de neutralizar ameaças no território do agressor. Em ataques recentes, mísseis lançados de aviões russos resultaram em tragédias como a morte de uma família em Lviv, exemplificando a necessidade de ações preventivas.  

O governo Biden, no entanto, mantém discrição sobre detalhes operacionais, mas fontes indicam que os ATACMS podem ser usados especialmente na região de Kursk, onde a Ucrânia intensificou sua contraofensiva.  

Embora o número exato de mísseis disponíveis para Kiev não tenha sido divulgado, a Lockheed Martin revelou que produz cerca de 500 unidades por ano. O uso dessas armas poderá mudar o curso do conflito, ampliando a capacidade de defesa e ataque da Ucrânia.