Foto: Reprodução/Rede TV!

A cantora gospel e ex-apresentadora infantil Mara Maravilha causou polêmica na última segunda-feira (24), no programa 'Morning Show' (Rede TV!) ao defender o deputado federal pastor Marco Feliciano e o projeto de lei conhecido como "cura gay", do deputado João Campos, aprovada no dia 18 de junho pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, que permite aos psicólogos e pacientes a realização de tratamento visando a 'cura' da homossexualidade.

À exemplo de Joelma

Na entrevista, ela chamou a atenção não só pelas declarações, mas por ter utilizado o termo 'aberração' mais de uma vez para se referir à homoafetividade. “Eu conheço muitos homossexuais que querem a cura, que queriam viver livre disso. Mas isso é de cada um. Essa discussão tem um outro lado também. Nós, que não concordamos com muitos comportamentos, estamos sendo vítimas de preconceito. Eu não concordo com essa aberração”, declarou.

Quando questionada sobre relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, ela disse "Tem muitos pais, muitas mães, muitas pessoas que não concordam com essa aberração. Não acho bonito nem um homem e uma mulher ficarem se atracando, esse tipo de coisa é particular".

Como justificativa após a revolta que causou com o termo, Mara foi ao twitter e escreveu "Nota: Estou sendo mal interpretada! Nunca disse que gay é aberração! Não levando nenhuma bandeira política oportunista! Em todas essas calúnias contra mim, o que vai prevalecer é a minha conduta de respeito e amor ao próximo, sem fazer acepção de pessoas... Aberração é falta de democracia e liberdade de expressão... Bulling é aberração! Não vou me intimidar, continuo contando com o bom senso e a inteligência de todos independente de suas escolhas sexuais, religiosas e políticas."

Ela ainda finalizou dizendo que não irá mais comentar sobre o assunto "porque o justo não se justifica". 

_{Entendimento do Conselho Federal de Psicologia}

_{A proposta foi contrária aos entendimentos do próprio conselho federal de psicologia, que afirmou o ato ser um retrocesso nos direitos dos pacientes e psicólogos. A conselheira do CFP, Cynthia Ciarallo, disse que a resolução fere um direito já consolidado constitucionalmente, e a opção sexual não é uma doença e sim "uma identidade e a liberdade de identidade no Brasil é um direito a ser preservado".}

_{"Temos avanços no judiciário relacionados ao reconhecimento da união estável, relacionados a possibilidade de adoção, tantos avanços hoje já colocados. Agora temos um debate que não só compromete uma resolução de um conselho profissional, mas o próprio debate acerca disso.} Quando avançamos, de repente isso se torna um motivo a mais para acirrar toda a violência que as pessoas com orientação homossexual sofrem no país".