Polícia acredita que assassinos de Suzano treinaram ataque usando jogos violentos
O Ministério Público de São Paulo vai tratar como terrorismo doméstico o caso do massacre de Suzano que deixou 10 mortos na manhã dessa quarta-feira (13), na Escola Estadual Raul Brasil.
O terrorismo doméstico é caracterizado quando o indíviduo ou um grupo cometem crimes e atacam o próprio povo. A tragédia que chocou o Brasil é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e uma das funções do mesmo é descobrir se há alguma organização criminosa com quem os assassinos tinham contato ou não que possa ter incentivado o planejamento e execução da bárbarie.
O que a polícia já descobriu até o momento, é que os jovens planejaram o crime por mais de um ano e que faziam uso constantes de jogos considerados violentos como Free fire, CS (Counter Strike), Call of Duty ou Mortal Kombat.
Os atiradores Guilherme Taucci, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, eram amigos, frequentavam a mesma lan house e podem ter usado os jogos como uma forma de treinamento para executar os assassinatos com precisão. Nesta quarta, a polícia apreendeu dois cadernos usados por eles que continham táticas de jogo e o computador que ambos usavam no estabelecimento.
Ainda ontem, um amigo deles esteve na delegacia para prestar depoimento na condição de testemunha e afirmou que em certa situação, ouviu os rapazes falarem sobre um possível ataque, mas não sabia onde e quando ele ia acontecer.
A polícia concluiu também que antes de morrer, Guilherme teria atirado em Luiz ao se depararem com policiais dentro da escola , e em seguida se matou. Antes do ataque a escola, ele já tinha atirado no tio, dono de uma locadora, mas o motivo ainda é desconhecido.
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