'Escorregadas' de Queiroga e pressão de senadores marcam CPI da covid
Mais preocupado em se manter no cargo, evitando comprometer Bolsonaro, o ministro Marcelo Queiroga foi encurralado ontem, na CPI da Covid, na base do ‘pede pra sair’, pelo senador Eduardo Braga, na questão das indecisões do governo. Com documentos do MS, e jabs em série, Braga fez o ministro andar em círculos sobre brasas.
Citando as 414.399 mortes no país e 12.691 no Amazonas: “O senhor não acha isso, já uma situação extrema, ministro? Se 414 mil mortos não é situação extrema, eu não sei mais o que é situação extrema!”
Onde estão as vacinas?
“Nós precisamos hoje de 89 milhões de doses, só para o grupo prioritário. Quando o governo terá essas vacinas? Precisamos ter uma previsão de forma definitiva! Porque nós ouvimos inúmeras previsões que não foram cumpridas.”
Cloroquina, o veneno imposto pelo Governo
“Estamos a 1 ano, 2 meses e 10 dias vendo brasileiros morrerem e uma discussão política se cloroquina é correta ou não é correta. Eu tomei cloroquina para malária, há muitos anos, mas não para a Covid.”
“A grande discussão nesse país é: (usar) cloroquina é certo ou errado? E quem vai definir, é o Conitec?, que defina! A minha pergunta é: quando o Conitec vai apresentar um protocolo para salvar vidas no Brasil?”
Protocolo emperrado
“Fica um advogado querendo dar opinião sobre protocolo, um engenheiro (botando a mão no próprio peito) querendo dar opinião, e um não-médico querendo dar opinião. E Vossa Excelência diz que será célere, mas não diz quando.”
Enquanto a vacina não chega, a covid mata
O senador usou dados oficiais do MS, que apontam a falta de 89 milhões de doses de vacinas só para fechar o grupo prioritário; e o elevado índice de mortalidade no país, e no Amazonas, onde a média é 55% maior.
Segundo o documento, até o dia 5/5, 414.399 brasileiros tinham morrido por causa da Covid-19; relação de 197 mortos por 100 mil habitantes. No Amazonas, já eram 12.691 mortos; relação de 306 mortos por 100 mil habitantes.
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