"Que esse seja um aviso", diz secretário de Estado dos EUA sobre sanções a Moraes
O senador norte-americano Marco Rubio afirmou nesta terça-feira (30) que "togas judiciais não podem proteger violadores de direitos humanos", ao comentar as sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi tomada com base na Lei Magnitsky, usada para punir autoridades estrangeiras acusadas de abusos e corrupção.
Rubio, um dos principais articuladores da ação, destacou em suas redes sociais que a decisão deve servir de alerta a autoridades que, segundo ele, utilizam o poder judicial para perseguir adversários políticos. “Que esse seja um aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas”, escreveu o senador republicano.
As sanções, determinadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro, bloqueiam bens nos EUA, proíbem relações comerciais com empresas americanas e impedem o uso de cartões com bandeira dos Estados Unidos. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou Moraes de liderar uma "caça às bruxas" contra apoiadores de Jair Bolsonaro.
Inspirada no caso do advogado russo Sergei Magnitsky, a lei que embasa as punições foi criada em 2012 e ampliada em 2016 para alcançar qualquer país. Alexandre de Moraes é o primeiro ministro de Suprema Corte a ser incluído na lista de sanções sob o governo Trump. A medida acirra tensões entre Brasil e Estados Unidos em meio ao cenário eleitoral norte-americano.
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