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Senado erra e misoginia pode virar crime de racismo


Por Raimundo de Holanda

23/10/2025 18h38 — em
Bastidores da Política


  • Mulher não é raça. Equiparar misoginia ao racismo é erro conceitual e jurídico.
  • Confundir as duas coisas distorce a Constituição e mistura causas diferentes só para gerar efeito político.
  • E ninguém reclama num País onde todos jogam para a plateia, mas o Brasil fora das bolhas é cruel e nem sempre o homem é o mais violento.

O Senado aprovou um projeto que transforma a misoginia em crime e a equipara ao racismo. Quem for condenado pode pegar de dois a cinco anos de prisão. 

É mais um caso em que o Estado, que finge proteger, tenta resolver com cadeia o que deveria ser resolvido com educação e igualdade social.

O projeto, que ainda será votado pela Câmara dos Deputados, se aprovado e  sancionado pelo presidente Lula, inverterá o ponteiro da desigualdade, quando o que se busca e a igualdade de oportunidades e direitos.

Sob o discurso de proteger a mulher, propostas como essa acabam violando o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei. 

O Estado se omite onde deveria agir e aparece só para punir. Finge humanidade, mas vive de castigar.

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ASSUNTOS: misoginia, racismo violência contra a mulher

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.